Bom, trata-se de uma aventura. E como toda boa aventura tem que ter bastante fantasia. E nesse filme tem muita. Logo de cara, o filme pode parecer um pouco bobo, para crianças até, mas devagarinho as personagens começam a mostrar mais de si mesmas, movendo o foco da telespectador da aventura à a vida real. Para entender isso, deixe-me explicar o começo do filme. Em um hospital uma menininha (Alexandria, que para mim atuou de maneira muito boa) de 6, 7 anos com o braço quebrado, em uma das suas passeadas diária pela estrutura, conhece outro paciente de nome Roy, um moço com as pernas quebradas. Com o carisma, a menininha fica logo amiga do Roy e os dois começam a passar umas tardes juntos. Nesse tempo juntos, ele sempre conta historias para Alexandria, historias inventadas logo no momento, sempre com personagens estranhas (Darwin, Luigi por exemplo) e Alexandria se diverte mais ainda porque ela mesmo acaba intervindo nas historias, com comentários sempre no minimo engraçados. A questão é que chega uma hora do filme que a historia de mentira, aquela que está sendo contada todo tarde pelo Roy, se funde e mistura com a historia real de cada um dos personagens do filme, criando duas "realidades": aquela de verdade visto com os olhos do Roy e aquela de mentira, aquela onde a Alexandria é arquiteta. A comparação acaba acontecendo sempre e a meu entender é a mensagem do filme.
Antes de escrever isso não imaginei que iria escrever tanto, mas agora, pensando sobre isso, percebo que o filme é bem mais interessante do que imaginava. Vale a pena.Vale muito!
CURIOSIDADE: O filme é conhecido pelo seus belíssimos cenários, todos reais, não sendo utilizado nenhum tipo de computação gráfica.
